Taxa de sobrepeso e obesidade aumenta 40% na América Latina
Taxa de sobrepeso e obesidade aumenta 40% na América Latina
Bogotá, 24 ago (EFE).- Os índices de sobrepeso e obesidade na América Latina cresceram cerca de 40% entre 2002 e 2010, alertou o vice-presidente da Federação Mexicana de Diabetes, Fernando Lavalle, que inaugurou nesta quarta-feira em Bogotá um simpósio que trata do uso de adoçantes não-calóricos.
O vice-presidente qualificou de alarmantes os índices da Organização Mundial da Saúde (OMS) que em 2010 chegaram a registrar acima de 50% a taxa de homens maiores de 15 anos de quase todos os países latino-americanos com prevalência de sobrepeso e obesidade.
O especialista disse à Agência Efe que um elevado índice de massa corporal é um fator de risco para doenças cardiovasculares, artrose, cânceres de endométrio, mama e cólon e diabetes, constituindo 'um problema sério na região' pelo ritmo com que aumenta e pelo custo de seu tratamento.
'Este simpósio trata de uma visão correta do que são os adoçantes não-calóricos, que podem constituir uma maneira de ter um alimento mais saudável e uma restrição de calorias a partir de açúcares (...) e que são seguros', considerou Lavalle.
O médico destacou que muitos consumidores têm uma opinião sobre os adoçantes baseada 'em mitos e em correntes de e-mail que circulam com uma informação que não está sustentada cientificamente' e por isso acham que sua ingestão pode provocar doenças e obesidade.
No entanto, para Lavalle o que causa o sobrepeso é a 'conduta compensatória' de pessoas que sentem que podem consumir uma porção dupla de um alimento com aditivos substitutos do açúcar já que cortaram uma dose grande de calorias.
Por sua parte, a diretora da junta de Nutrição e Dietética da Universidade Javeriana de Bogotá, Yadira Cortés, ressaltou que 'a evidência científica demonstrou que nem a ingestão por si só de adoçantes calóricos produz obesidade, como nem o consumo de adoçantes calóricos ou não-calóricos produz mudanças de comportamento'.
Por último, a especialista enumerou alguns compostos livres de calorias mais utilizados como o aspartame, o acesulfame-K, a sacarina, a sucralose e a stévia.
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