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Drenagem linfática

História da drenagem linfática

Foi na década de 30 que um casal dinamarquês, começou a tratar pacientes acometidos de problemas nas vias aéreas superiores, através da manipulação suave dos gânglios da região do pescoço. Obtendo resultados positivos, o casal acabou por desenvolver o método, que só foi oficializado pela medicina convencional em 1966.

Emil Vodder era formado em fisioterapia pela universidade de Bruxelas e sua esposa Astrid Vodder o auxiliou no desenvolvimento da técnica, que se constituía em movimentos suaves e rotativos.

Com o passar do tempo a técnica se mostrava cada vez mais eficiente e em 1976 surgia a Associação Alemã para Linfologia, abrindo um grande leque de pesquisas em várias áreas de ação.

A drenagem linfática chegou ao Brasil no ano de 1977 através do professor Leduc, decepou direto do Dr Vodder, que demonstrou através de um filme, a eficácia da drenagem linfática manual em um exame radioscópico, após aplicação de contraste em uma perna humana destinada a amputação.

A partir daí, estava selada de forma definitiva a drenagem linfática no Brasil.

O que é a drenagem linfática manual?

A drenagem linfática manual é uma técnica especifica de massoterapia, que exige formação específica, não só pela especificidade dos tratamentos, mas pela precisão necessária das manobras.

Em alguns casos a DLM, constitui procedimento principal de tratamento, como nos casos dos linfedemas, enquanto em outros casos, funciona como técnica complementar e de apóio.

A DLM será sempre indicada nos casos cirúrgicos e em especial na mastectomia.

A técnica caracteriza-se por movimentos suaves e precisos, geralmente em forma circular e espiralada. As manipulações são intensivas, realizadas nos centros dos gânglios linfáticos.

Em primeiro lugar trata-se o sistema linfático superior, ou seja, a zona do coração, zona dos gânglios linfáticos do pescoço, da região laríngea e dos ombros, evoluindo depois de forma progressiva, para as zonas afetadas, mais afastadas do centro cardíaco.

É importante observar que a direção da massagem é centrífuga, mas as manobras em si, seguem o sentido centrípeto.

Na maioria dos casos a sessão dura em média de 45 a 60 minutos.

A técnica estimula a circulação linfática dentro dos vasos linfáticos acelerando a absorção de líquidos e macromoléculas do tecido intersticial, pelo aumento do peristaltismo de tais vasos. Por este motivo, a DLM auxilia na remoção de inúmeras formas de edema.

A efetividade do tratamento fica clara nos quadros de edemas visíveis, como por exemplo, edemas pós-cirúrgicos, edemas por traumatismos, mastectomias, etc. Mas sua efetividade também é clara em edemas não visíveis, como os que podem dar origem a cefaléias, dores articulares e da coluna vertebral.

Segundo o Dr Vodder a DLM, estimula o sistema imunológico, ao aumentar, na zona cortical dos gânglios linfáticos, a produção de linfócitos.

A DLM é indicada de forma incontestável em quase todos os casos de linfedema, ou seja, de edemas resultantes de uma debilidade ou de uma diminuição da capacidade de transporte do sistema linfático.

A drenagem linfática manual o relaxamento e a regeneração tecidual

Podemos explicar o efeito de regeneração tecidual, partindo do princípio de que pela eliminação do líquido intersticial, ocorre a diminuição da velocidade da micro circulação. Segundo o Dr Vodder este processo de regeneração, ocorreria pelo aumento da produção de linfócitos, cujo núcleo tem um papel alimentício e regenerador para os tecidos. Este fenômeno foi observado em úlceras varicosas, osteoporoses, celulites e enxertos de órgãos.

Através da técnica pode-se obter um efeito sedante, tranqüilizante e relaxante, favorecendo o predomínio do sistema nervoso parassimpático, à parte do sistema nervoso autônomo, responsável pelo equilíbrio homeostásico e a regeneração tecidual. Realmente percebe-se que quando se inicia o tratamento, a maioria dos pacientes mergulha em um estado de profundo relaxamento, as pálpebras pesam e eles relatam uma sensação intensa de torpor.

Como vimos anteriormente à técnica é utilizada nas mais diversas indicações terapêuticas: linfedema primário e secundário, pós mastectomia, edemas pós-cirúrgicos e traumáticos, problemas circulatórios, problemas miofascial, pós-cirurgias plásticas, pós-lipoaspiração, sinusite, rinite, otite, varizes e pernas cansadas, edema da gravidez, enxaquecas, artroses, artrite, gota, tendinites, sinovites, celulites e estrias.